Review: Kelly Clarkson – Piece by Piece
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Artista: Kelly Clarkson
Álbum: Piece by Piece
Gênero: Pop
Kelly Clarkson, uma das ex-participantes do American Idol que mais amamos, retorna. Depois de “Wrapped in Red” lá em 2013 (faz quase dois anos gente), ela voltou aos holofotes e mostra porque é uma das nossa artistas favoritas. Longe de grandes disputas como Lady Gaga, Madonna, Katy, Rihanna, Beyonce e afins, que hoje são as grandes do mundo pop e por quem os fãs se estapeiam.
O novo ábum, “Piece By Piece” é algo que esperávamos de Kelly. Na medida, delicioso de se ouvir e com boas amostras do poder vocal que sabemos que ela tem. Nada de extraordinário, mas sem dúvida um trabalho que não pode passar despercebido no mundo pop.
HEARTBEAT SONG: Foi o primeiro single e traz uma melodia gostosa com uma letra tão boa quanto. O clipe, por sua vez, fez jus à música. Não é algo conceitual ou uma super produção, mas cumpre o papel de ilustrar uma boa música.
INVENCIBLE: Batidas intensas da bateria, um pouco de violinos ao fundo e a voz da Kelly destacada sobre toda essa atmosfera quase lírica. Uma das canções mais poderosas do álbum, não tão deliciosa de se ouvir quanto o single, mas dá boa sequência.
SOMEONE: Então chegamos à terceira música do álbum e temos outra canção para mostrar poderes. Porém, diferente de “Invencible”, “Someone” chega com um proposta onde destaca mais a voz de Kelly com o instrumental não tão poderoso lembrando, me corrijam se estiver errado, “Because of you”.
TAKE YOU HIGH: A música já começa com algo que Taylor Swift abusou (e deu certo) no seu último ábum: sintetizadores. A música é um aumento no ritmo, porém sutilmente e tem um refrão poderoso. Não é, nem de longe, a melhor do álbum, mas cumpre o papel de manter a qualidade.
PIECE BY PIECE: Chegamos a canção que dá nome ao álbum. “Piece by Piece” completa a subida de ritmo iniciada em “Take you high” e traz uma balada gostosa de se ouvir, sem ser chiclete ao ponto de incomodar. Cumpre o papel de assinar o trabalho e mostra uma Kelly que sempre amamos sem medo de mostrar voz poderosa, mas também de saber manter o tom.
RUN, RUN, RUN: Sem dúvida minha favorita desse álbum. A canção é um cover da música do Tokio Hotel e tem a participação do John Legend. Não preciso dizer nada mais.
I HAD A DREAM: Chiclete, essa é a palavra que define “I Had a Dream”. Dá pra ver, na minha humilde opinião, um pouco da Kelly de “Breakaway”, não é uma música ruim, mas deixa a desejar depois de uma sequência de canções poderosas.
LET YOUR TEARS FALL: “Deixe suas lágrimas caírem”, isso é direcionado aos haters de Kelly. Apenas isso.
TIGHTROPE: Então Kelly decide diminuir o ritmo novamente. Coloca um piano de fundo e mostra sua voz em uma balada linda de suave. Deliciosa.
WAR PAINT: De volta ao pop propriamente dito. “War Paint” traz sintetizadores, batidas animadas e uma canção digna, apenas. Uma sequência interessante para uma balada lenta como “Tightrope”, mas muito bem colocada.
DANCE WITH ME: Pop com voz poderosa e uma combinação que poderia ter dado errado, mas Kelly não deixou. O refrão é muito grudento, acredite, ainda estou cantando “C’mon and Dance With Me”, é claro que pode ser daquelas canções que você enjoa depois de três ou quatro vezes que escuta, mas por agora amei.
NOSTALGIC: “Nostalgic” me deixou exatamente isso: nostálgico. É uma canção muito Kelly início de carreira o que, obviamente, não é algo ruim, mas com a qualidade superior do álbum e uma Kelly Clarkson amadurecida e talentosa, “Nostalgic” fica um tanto perdida num mar com força suficiente para arrastá-la para o fundo.
GOOD GOES THE BYE: Não sei se sou eu, mas “Good goes the bye” está longe da qualidade do restante do trabalho. Parece que Kelly perdeu força na finaleira do processo e isso se refletiu na música que acaba se tornando maçante depois de um tempo escutando.
BAD REPUTATION: Kelly, amor, que cê fez? “Bad Reputation” teve uma sonoridade que não é ruim, mas, no meu ponto de vista destoou do restante do álbum e vir logo depois de “Good goes the bye” deixou as coisas ainda mais complicadas.
IN THE BLUE: Boa. Não é muito, mas é tudo que posso falar sobre “In the blue”, novamente fraca comparada a outras canções do álbum, mas não chega a ser uma música ruim. Ela quase encerra o álbum, mas não tapa os buracos de “Good goes the bye” e “Bad Reputation”
SECOND WIND: O álbum encerra com “Second Wind” e encerra bem apesar dos percalços do final. É uma balada com boa batida e Kelly exibindo sua voz em uma canção interessante, nada de extraordinário, mas ainda sim boa.
Para concluir, Kelly sempre esteve fora do meio pop realeza, porém sempre foi lembrada por todos por seu talento e qualidade. O álbum está longe, convenhamos, de um Grammy e Kelly de ser tão lembrada e aclamada quanto Beyonce. Apesar disso, vejo um futuro tão bom para Kelly, não apenas por ser fã desde o início de sua carreira, mas porque eu gosto de ver o quanto algumas cantoras conseguem permanecer dentro daquilo que gostam e daquilo pelo que foram conhecidas fazendo ainda que isso lhes custe prêmios e/ou status.
Não me entendam mal, gosto de artistas que se reinventam e saem de sua zona de conforto, fato. O que não gosto são aqueles que perdem sua identidade para vender mais e Kelly não perdeu isso. Ela é se reinventou na medida e ainda assim manteve um brilho da Kelly que conhecemos após o American Idol e a qual amamos.